A utilização do método de densitometria na avaliação da composição corporal, permite a medida tanto da massa óssea quanto do conteúdo corporal de gordura e massa magra.

A confirmação da excelente acurácia e do pequeno erro de precisão do exame, através de estudos comparativos com a análise química da carcaça de animais, tornou-o referência para o estudo de composição corporal em seres humanos.

A densitometria por DEXA do corpo inteiro é o único método que avalia diretamente todos os compartimentos corporais (massa óssea, massa muscular e massa gordurosa), sem inferir dados a partir da medida de apenas um compartimento. No exame da composição corporal a água corporal está incorporada ao compartimento de massa magra (músculos), não afetando a medida do conteúdo de gordura ou de tecido ósseo. Os demais métodos não-invasivos para avaliação da composição corporal avaliam apenas um compartimento corporal, inferindo os demais.

Existem inúmeras aplicações clínicas do estudo da composição corporal, particularmente na Medicina Esportiva, Obesidade, Anorexia, reabilitação motora de doenças neuromusculares e em avaliações nutricionais. Outras aplicações incluem a monitorização das alterações de massa magra e de gordura esperadas nos pacientes em uso de hormônio de crescimento, corticosteroides, esteroides sexuais e nos transplantados em uso de imunossupressores.

Uma vantagem adicional da Densitometria é a determinação da composição regional, permitindo o estudo particularizado de braços, pernas, tronco e abdômen.

O exame, por ser não-invasivo, é muito simples para o paciente, não requer nenhum preparo e tem duração de 10-15min. A radiação é extremamente baixa, semelhante à radiação ambiental que recebemos num dia de sol, podendo ser repetido quantas vezes for necessário. O exame é particularmente útil em crianças pela praticidade e fornece uma ótima avaliação da aquisição de massa óssea.